quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Como nascem as Pérolas?




As ostras, como todos os seres vivos da face da terra, têm que se alimentar para poder se desenvolver e sobreviver, elas abrem e captam os nutrientes presentes na água; acontece que juntamente com esses nutrientes elas podem ingerir também algum corpo estranho, a areia por exemplo, o grão de areia ao entrar na ostra fere o seu interior, causando danos à estrutura interna da concha.
Agora podemos nos comparar como uma ostra por este instante, durante os nossos dias, em nossas rotinas temos que nos desenvolver, sobreviver e lutar pelo nosso espaço, no meio em que vivemos para que possamos alcançar os nossos objectivos. E assim trabalhamos, estudamos, mantemos relações com familiares amigos e muitas outras coisas do nosso quotidiano que nos diferem das outras pessoas.
Com o passar do tempo certos “corpos estranhos” acabam por entrar dentro do nosso coração, como: cansaço, ansiedade por uma bênção, desânimo e outros sentimentos que todos nós já sentimos ou sentiremos um dia, acontece que como nas ostras esses sentimentos, entram sem que consigamos filtra-los, eles estão lá sempre presentes na nossa “água” , ou seja no nosso alimento que é a nossa vida, estão nas palavras das pessoas próximas, no nosso pensar, e principalmente no nosso coração, e como se isso não bastasse tentam nos ferir o tempo todo, colocam a sensação de fraqueza, de impotência, de que já não adianta mais tentar, em fim eles são como os grãos de areia que ferem o interior da ostra.
A ostra precisa se abrir para manter a sua vida, mesmo correndo o risco de morrer com a entrada de algum corpo estranho, ou seja ou ela morre sem se alimentar ou corre o risco de morrer por se alimentar de algo que seja prejudicial á ela, mas nesta luta a segunda opção é sempre a mais válida.
Assim somos nós necessitamos de viver em um mundo que não professa a mesma fé que nós, com familiares que nos criticam, ou até mesmo conviver com pessoas dentro da igreja que muitas vezes são usadas para nos ferir, vivemos em constante risco de ferimento, estamos abertos como uma ostra no mar, prontos para a entrada de qualquer “corpo estranho”, vulneráveis a todo momento.
E em fim acontece o esperado, o grão de areia entra dentro da ostra, acabando por feri-la de tal maneira que ela sente uma dor incontrolável, mais como não se rende fácil e ela esta na sua luta para a sobrevivência, libera uma substancia chamada madrepérola, que é usada em sua defesa e que ameniza a sua dor. Esta substância que reveste grão de areia é a mesma usada para reforçar a estrutura externa da concha, e com camadas de substâncias em cima do grão de areia é que nascem as pérolas.
A lição que temos que tirar das pérolas é que mesmo que não consigamos impedir a entrada dos grãos de areia, dos “corpos estranhos” dentro de nós, temos que lutar, como uma ostra luta e liberar a nossa fé, mesmo que neste momento ela seja pouca, mais nunca deixar que ela se acabe, mesmo que sintamos dor, temos sempre que liberar a nossa fé até que um dia, com muito esforço tornaremos pérolas. A todo instante não nos fechar com medo de sermos atingidas, mais nos abrir, correr o risco, participar de todo o processo de vivência pelo qual temos que passar, sentir dor mais jamais desistir e tornar o que nos feriu em experiencia que futuramente nos ajudará e servirá de exemplo. “A pérola mais preciosa é a pérola que a ostra mais dor teve que sentir e mais substância teve que liberar”.

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